Author: | Eduardo Antonio Bonzatto | ISBN: | 1230000287588 |
Publisher: | cesar ricardo leite | Publication: | December 23, 2014 |
Imprint: | Globus Editora | Language: | Portuguese |
Author: | Eduardo Antonio Bonzatto |
ISBN: | 1230000287588 |
Publisher: | cesar ricardo leite |
Publication: | December 23, 2014 |
Imprint: | Globus Editora |
Language: | Portuguese |
O livro didático de história do Brasil tem sofrido um intenso apanágio que reafirma sua importância na prática escolar brasileira. Tal afirmação contempla uma centralidade da cultura escrita diante de outras formas de expressão, que implica um repensar criterioso num momento em que a instituição escolar da forma que foi concebida pelo modelo iluminista encontra severos limites de atuação.
O discurso histórico prescrito no livro didático, se fora importante em outros momentos de nossa história escolar, hoje não vê possibilidade de propagação diante de tantas e complexas redes de informação disponíveis, que o crescente volume desse material adquirido pelo Programa Nacional Livro Didático parece desmentir.
Para que esta ênfase torne-se mais visível, esta tese prioriza o foco nas imagens fundantes produzidas para reforçar o discurso da nação, o amor à pátria, os símbolos políticos institucionais que supostamente magnetizam as gerações em torno de um centro de gravidade poderoso. Analisar a iconografia elaborada para esta função, historicizando tais imagens, têm a intenção de discutir a história pátria e não de apenas apresentá-la como um fato. Desse modo é possível perceber que, embora conquistando cada vez mais legitimidade devido à intervenção estatal, os livros didáticos pouco acrescentam no sentido de contribuir para a construção de novas relações no ambiente escolar.
Carregados potencialmente da verdade dos fatos ali narrados, tais objetos engessam funções e orientam papéis cristalizados de professores e de alunos, encetando uma memória fechada num passado que deve ser tão somente pedagógico, num passado exemplar, fixado nos marcos da história oficial.
Discussões acerca dos limites dessa história como ocorreu em São Paulo em meados da década de 1980, leis oriundas de um desejado perfil escolar mais globalizado, que imprimem à história regional uma importante colaboração para a construção de novas formas de sociabilidade, colocam o termo nação num novo patamar de questionamento, cuja atuação de exigências de que certos aspectos de cidadania trazem à tona, ainda que de forma imprevista e por vezes desconcertante, sujeitos históricos reais com quem uma outra escola terá o dever de dialogar.
O livro didático de história do Brasil tem sofrido um intenso apanágio que reafirma sua importância na prática escolar brasileira. Tal afirmação contempla uma centralidade da cultura escrita diante de outras formas de expressão, que implica um repensar criterioso num momento em que a instituição escolar da forma que foi concebida pelo modelo iluminista encontra severos limites de atuação.
O discurso histórico prescrito no livro didático, se fora importante em outros momentos de nossa história escolar, hoje não vê possibilidade de propagação diante de tantas e complexas redes de informação disponíveis, que o crescente volume desse material adquirido pelo Programa Nacional Livro Didático parece desmentir.
Para que esta ênfase torne-se mais visível, esta tese prioriza o foco nas imagens fundantes produzidas para reforçar o discurso da nação, o amor à pátria, os símbolos políticos institucionais que supostamente magnetizam as gerações em torno de um centro de gravidade poderoso. Analisar a iconografia elaborada para esta função, historicizando tais imagens, têm a intenção de discutir a história pátria e não de apenas apresentá-la como um fato. Desse modo é possível perceber que, embora conquistando cada vez mais legitimidade devido à intervenção estatal, os livros didáticos pouco acrescentam no sentido de contribuir para a construção de novas relações no ambiente escolar.
Carregados potencialmente da verdade dos fatos ali narrados, tais objetos engessam funções e orientam papéis cristalizados de professores e de alunos, encetando uma memória fechada num passado que deve ser tão somente pedagógico, num passado exemplar, fixado nos marcos da história oficial.
Discussões acerca dos limites dessa história como ocorreu em São Paulo em meados da década de 1980, leis oriundas de um desejado perfil escolar mais globalizado, que imprimem à história regional uma importante colaboração para a construção de novas formas de sociabilidade, colocam o termo nação num novo patamar de questionamento, cuja atuação de exigências de que certos aspectos de cidadania trazem à tona, ainda que de forma imprevista e por vezes desconcertante, sujeitos históricos reais com quem uma outra escola terá o dever de dialogar.