A via crucis do corpo

Fiction & Literature, Short Stories, Literary
Cover of the book A via crucis do corpo by Clarice Lispector, Rocco Digital
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Clarice Lispector ISBN: 9788581225494
Publisher: Rocco Digital Publication: December 1, 1998
Imprint: Language: Portuguese
Author: Clarice Lispector
ISBN: 9788581225494
Publisher: Rocco Digital
Publication: December 1, 1998
Imprint:
Language: Portuguese

Publicados pela primeira vez em 1974, os 13 contos que compõem A via crucis do corpo, de Clarice Lispector, são precedidos por uma explicação da autora. Ela diz que as histórias foram feitas sob encomenda e que, contrariando sua vontade inicial, aceitou a tarefa por puro impulso. Tentou assiná-lo com o pseudônimo Cláudio Lemos, mas acabou sucumbindo ao argumento de que deveria ter liberdade para escrever o que quisesse. E foi o que fez, num único fim de semana. Mas registrou: "Se há indecências nas histórias a culpa não é minha." A via crucis do corpo não tem nada de imoral; é, antes de tudo, uma fresta no cárcere social que mantém a mulher — condutora de todos os contos — supostamente distante de seus desejos e fantasias. Ou dos fardos, como a virgindade. O que Clarice fez foi apenas descrever, de forma leve e bem-humorada, algumas dessas benditas transgressões. Mas como em toda a sua obra, a autora abre espaço para falar dos sentimentos mais profundos e das sinceras idiossincrasias da alma. Em "O homem que apareceu", ela se depara com Cláudio Brito, um grande poeta transformado em lixo humano, e relativiza o fracasso: "Mas quem pode dizer com sinceridade que se realizou na vida? O sucesso é uma mentira." Na abertura de "Por enquanto", Clarice chega a ser cruel: "Como ele não tinha nada a fazer, foi fazer pipi. E depois ficou a zero mesmo." Ato contínuo, alerta que a vida tem dessas coisas, de vez em quando não sobra nada dentro da gente. Mas é bom prestar atenção porque isso só acontece enquanto se vive. A via crucis do corpo, como os demais títulos de Clarice Lispector relançados pela Rocco, recebeu novo tratamento gráfico e passou por rigorosa revisão de texto, feita pela especialista em crítica textual Marlene Gomes Mendes, baseada em sua primeira edição.

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

Publicados pela primeira vez em 1974, os 13 contos que compõem A via crucis do corpo, de Clarice Lispector, são precedidos por uma explicação da autora. Ela diz que as histórias foram feitas sob encomenda e que, contrariando sua vontade inicial, aceitou a tarefa por puro impulso. Tentou assiná-lo com o pseudônimo Cláudio Lemos, mas acabou sucumbindo ao argumento de que deveria ter liberdade para escrever o que quisesse. E foi o que fez, num único fim de semana. Mas registrou: "Se há indecências nas histórias a culpa não é minha." A via crucis do corpo não tem nada de imoral; é, antes de tudo, uma fresta no cárcere social que mantém a mulher — condutora de todos os contos — supostamente distante de seus desejos e fantasias. Ou dos fardos, como a virgindade. O que Clarice fez foi apenas descrever, de forma leve e bem-humorada, algumas dessas benditas transgressões. Mas como em toda a sua obra, a autora abre espaço para falar dos sentimentos mais profundos e das sinceras idiossincrasias da alma. Em "O homem que apareceu", ela se depara com Cláudio Brito, um grande poeta transformado em lixo humano, e relativiza o fracasso: "Mas quem pode dizer com sinceridade que se realizou na vida? O sucesso é uma mentira." Na abertura de "Por enquanto", Clarice chega a ser cruel: "Como ele não tinha nada a fazer, foi fazer pipi. E depois ficou a zero mesmo." Ato contínuo, alerta que a vida tem dessas coisas, de vez em quando não sobra nada dentro da gente. Mas é bom prestar atenção porque isso só acontece enquanto se vive. A via crucis do corpo, como os demais títulos de Clarice Lispector relançados pela Rocco, recebeu novo tratamento gráfico e passou por rigorosa revisão de texto, feita pela especialista em crítica textual Marlene Gomes Mendes, baseada em sua primeira edição.

More books from Rocco Digital

Cover of the book A panqueca fugitiva, o Resmungão e outros contos nórdicos by Clarice Lispector
Cover of the book Fedegunda by Clarice Lispector
Cover of the book A escolha da Dra. Cole by Clarice Lispector
Cover of the book A bola corre mais que os homens by Clarice Lispector
Cover of the book Minhas queridas by Clarice Lispector
Cover of the book O risco do bordado by Clarice Lispector
Cover of the book Nadando de Volta Para Casa by Clarice Lispector
Cover of the book De Cócoras by Clarice Lispector
Cover of the book O coração às vezes para de bater by Clarice Lispector
Cover of the book Monte Verità by Clarice Lispector
Cover of the book A queda by Clarice Lispector
Cover of the book Sobretudo de Proust by Clarice Lispector
Cover of the book Fala sério, amor! by Clarice Lispector
Cover of the book História e utopia by Clarice Lispector
Cover of the book O regresso by Clarice Lispector
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy