Excerto «Ela era famosa, ela era conhecida, ela era bonita, ela tinha um corpo magnífico. Porque não aproveitar aquele momento em que podiam estar perto dela e vê-la? Vê-la ao vivo, não como nos outros dias, mas vê-la mesmo ali ao lado deles, a dançar, encostada ao balcão e falar com ele, ou mesmo a caminho de algum lado. A deslizar, como ele dizia que andava. Raquel era «alguém», era uma «personagem», uma menina que o país adorava ver, todas as Quartas-feiras à noite, depois da telenovela. A televisão faz isto às pessoas. Torna-as impossíveis, pensou ele. Impossíveis para os outros. Odiava ser namorado dele, pensou. Adorava ser namorado dela, pensou.» Críticas de imprensa «Amor à Primeira Vista compromete-nos a todos - os que lemos jornais, vemos concursos de televisão, assistimos ao jogo e à corrupção na vida política. À primeira vista, de facto, trata-se de um thriller - onde são visíveis os traços de Portugal contemporâneo apreciados e comentados por personagens que vivem ao nosso lado. Uma apresentadora de televisão (que o leitor até pode identificar...) é o primeiro sinal de que estamos diante de um chamado efeito real. Depois seguem-se jornalistas, ministros e até falsificadores negociantes de arte.» Filipa Melo, Ler
Excerto «Ela era famosa, ela era conhecida, ela era bonita, ela tinha um corpo magnífico. Porque não aproveitar aquele momento em que podiam estar perto dela e vê-la? Vê-la ao vivo, não como nos outros dias, mas vê-la mesmo ali ao lado deles, a dançar, encostada ao balcão e falar com ele, ou mesmo a caminho de algum lado. A deslizar, como ele dizia que andava. Raquel era «alguém», era uma «personagem», uma menina que o país adorava ver, todas as Quartas-feiras à noite, depois da telenovela. A televisão faz isto às pessoas. Torna-as impossíveis, pensou ele. Impossíveis para os outros. Odiava ser namorado dele, pensou. Adorava ser namorado dela, pensou.» Críticas de imprensa «Amor à Primeira Vista compromete-nos a todos - os que lemos jornais, vemos concursos de televisão, assistimos ao jogo e à corrupção na vida política. À primeira vista, de facto, trata-se de um thriller - onde são visíveis os traços de Portugal contemporâneo apreciados e comentados por personagens que vivem ao nosso lado. Uma apresentadora de televisão (que o leitor até pode identificar...) é o primeiro sinal de que estamos diante de um chamado efeito real. Depois seguem-se jornalistas, ministros e até falsificadores negociantes de arte.» Filipa Melo, Ler