Da Clemência

De Clementia ad Neronem Caesarem

Nonfiction, Religion & Spirituality, Philosophy, Political, Ethics & Moral Philosophy, Health & Well Being, Self Help, Self Improvement
Cover of the book Da Clemência by Sêneca, Montecristo Editora
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Sêneca ISBN: 9781619651302
Publisher: Montecristo Editora Publication: September 3, 2018
Imprint: Montecristo Editora Language: Portuguese
Author: Sêneca
ISBN: 9781619651302
Publisher: Montecristo Editora
Publication: September 3, 2018
Imprint: Montecristo Editora
Language: Portuguese

Da Clemência, também traduzido como Tratado sobre a Clemência, é um ensaio de originalmente  três volumes dos quais apenas o primeiro e parte do segundo sobreviveram. Foi escrito em 55-56 dC por Sêneca, dedicado ao imperador Nero no seu primeiro (ou segundo) ano de reinado.
No De Clementia Sêneca desenvolve suas reflexões sobre o poder do estado e sobre a diferença entre o tirano e o bom rei. Traça a imagem de um governante que reina, como representante dos deuses. Explica que o poder absoluto pode ser legitimado e justificado pela prática da clemência, mantendo assim a ordem e organizando um consenso entre os homens. Ao ser clemente, ao ser virtuoso, o imperador se torna útil ao bem público, se porta segundo à Natureza, se conforma ao Lógos, à Fortuna.Na obra vemos como a clemência deve ser exercitada principalmente por aqueles que podem socialmente exercer poder sobre outros: príncipes, professores, militares, pais, considerando que o dano causado por um erro de julgamento por estes, quando afetados por alguma paixão, será profundamente danoso para quem recebe a punição e para quem a ordena. Para o príncipe, a prática da clemência, além de evitar a formação de oposições, de legitimar seu poder e de lhe garantir direito de sucessão, fornece estabilidade e segurança no poder. Enquanto o tirano, o mau imperador é perseguido e vive sem tranquilidade, o rei-filosofo, o bom e clemente imperador vive em paz, pois conta com o amor e não com o temor dos súditos.

São quatro as definições da clementia senequiana: (II,III,2-3)
“Clemência é a moderação de espírito humano no desempenho do poder de castigar”;
“A brandura do superior em face do inferior, quando da aplicação da pena”;
“inclinação da mente para o abrandamento no ato de impor um castigo”;
"" ... a clemência é a moderação que retira alguma coisa de uma punição merecida e devida"" .

Sêneca considera a misericoria um vício, e a define como sendo a corrupção da virtude da clemência:
O perdão é a remissão de uma punição merecida; Um homem concede perdão a aquele a quem ele deveria punir: agora o homem sábio não faz nada que não deva fazer, e não omite nada que deva fazer: ele não remete, portanto, nenhuma punição que deva proferir. (II,VII,1-2)
Esta obra influenciou pensadores importantes da Idade Média e do Renascimento. Um exemplo é o reformador francês João Calvino. Pouco depois de terminar seus estudos de direito, o jovem João Calvino escreveu seu primeiro livro, um comentário sobre De Clementia que consiste principalmente de notas filológicas intercaladas com impressões sobre o estilo e as idéias de Seneca. Em sua obra Institutas da Religião Cristã, Calvino aborda o papel das autoridades civis na punição e a importância retomando conceitos da obra.

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

Da Clemência, também traduzido como Tratado sobre a Clemência, é um ensaio de originalmente  três volumes dos quais apenas o primeiro e parte do segundo sobreviveram. Foi escrito em 55-56 dC por Sêneca, dedicado ao imperador Nero no seu primeiro (ou segundo) ano de reinado.
No De Clementia Sêneca desenvolve suas reflexões sobre o poder do estado e sobre a diferença entre o tirano e o bom rei. Traça a imagem de um governante que reina, como representante dos deuses. Explica que o poder absoluto pode ser legitimado e justificado pela prática da clemência, mantendo assim a ordem e organizando um consenso entre os homens. Ao ser clemente, ao ser virtuoso, o imperador se torna útil ao bem público, se porta segundo à Natureza, se conforma ao Lógos, à Fortuna.Na obra vemos como a clemência deve ser exercitada principalmente por aqueles que podem socialmente exercer poder sobre outros: príncipes, professores, militares, pais, considerando que o dano causado por um erro de julgamento por estes, quando afetados por alguma paixão, será profundamente danoso para quem recebe a punição e para quem a ordena. Para o príncipe, a prática da clemência, além de evitar a formação de oposições, de legitimar seu poder e de lhe garantir direito de sucessão, fornece estabilidade e segurança no poder. Enquanto o tirano, o mau imperador é perseguido e vive sem tranquilidade, o rei-filosofo, o bom e clemente imperador vive em paz, pois conta com o amor e não com o temor dos súditos.

São quatro as definições da clementia senequiana: (II,III,2-3)
“Clemência é a moderação de espírito humano no desempenho do poder de castigar”;
“A brandura do superior em face do inferior, quando da aplicação da pena”;
“inclinação da mente para o abrandamento no ato de impor um castigo”;
"" ... a clemência é a moderação que retira alguma coisa de uma punição merecida e devida"" .

Sêneca considera a misericoria um vício, e a define como sendo a corrupção da virtude da clemência:
O perdão é a remissão de uma punição merecida; Um homem concede perdão a aquele a quem ele deveria punir: agora o homem sábio não faz nada que não deva fazer, e não omite nada que deva fazer: ele não remete, portanto, nenhuma punição que deva proferir. (II,VII,1-2)
Esta obra influenciou pensadores importantes da Idade Média e do Renascimento. Um exemplo é o reformador francês João Calvino. Pouco depois de terminar seus estudos de direito, o jovem João Calvino escreveu seu primeiro livro, um comentário sobre De Clementia que consiste principalmente de notas filológicas intercaladas com impressões sobre o estilo e as idéias de Seneca. Em sua obra Institutas da Religião Cristã, Calvino aborda o papel das autoridades civis na punição e a importância retomando conceitos da obra.

More books from Montecristo Editora

Cover of the book Memórias da Emília by Sêneca
Cover of the book Triste Fim de Policarpo Quaresma by Sêneca
Cover of the book Cartas de um Estoico, Volume II by Sêneca
Cover of the book Amor de Salvação by Sêneca
Cover of the book Os Direitos Humanos Na Idade Mídia by Sêneca
Cover of the book Singularidades de uma Rapariga Loura by Sêneca
Cover of the book O Saci by Sêneca
Cover of the book Recordações do Escrivão Isaías Caminha by Sêneca
Cover of the book Direito Autoral na Sociedade Digital by Sêneca
Cover of the book O Ateneu by Sêneca
Cover of the book Cartas de um Estoico, Volume I by Sêneca
Cover of the book Cancioneiro by Sêneca
Cover of the book O Guardador de Rebanhos by Sêneca
Cover of the book Histórias de Tia Nastacia by Sêneca
Cover of the book A Arte de ter Razão- 38 Estratagemas para Vencer um Debate Sem Precisar Ter Razão by Sêneca
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy