Author: | Henrik Ibsen | ISBN: | 9788525424792 |
Publisher: | L&PM Pocket | Publication: | June 1, 2001 |
Imprint: | Language: | Portuguese |
Author: | Henrik Ibsen |
ISBN: | 9788525424792 |
Publisher: | L&PM Pocket |
Publication: | June 1, 2001 |
Imprint: | |
Language: | Portuguese |
Um inimigo do povo foi publicado em Copenhague em 1882 e estreou no Teatro Nacional em Oslo em 13 de janeiro de 1883. Imediatamente foi traduzido para dezenas de línguas e quase simultaneamente foi encenado e publicado em quase toda a Europa, numa repercussão digna dos grandes autores franceses que monopolizavam a dramaturgia da época. A estréia em Paris foi marcada por grandes manifestações no teatro de apoio às idéias anarquistas. A enorme repercussão da peça motivou longos e apaixonados artigos do deputado socialista Jean Jaurès (1859-1914) e do deputado esquerdista e grande intelectual do seu tempo Georges Benjamin Clemenceau (1841-1929). Em 1898, voltou a ser apresentada em Paris em meio ao célebre processo Dreyfus, quando as sessões de Um inimigo do povo eram seguidamente interrompidas com aclamações de protesto contra o Estado e de apoio a Ibsen e Zola, que pontificava na época com seu célebre libelo libertário J'accuse a favor de Alfred Dreyfus. Esta peça é uma obra-prima sobre as contradições humanas e a falência do indivíduo diante da unanimidade. Mesmo diante da vontade de praticar o bem comum, o dr. Stockmann entra em choque com os interesses mesquinhos da cidade. Vítima da maioria e da unanimidade, o homem que queria salvar a cidade torna-se o inimigo do povo. Estas idéias de Ibsen aproximavam-se muito das idéias anarquistas que tinham amplo apoio de importantes segmentos intelectuais e políticos da sociedade da época. A peça é uma impiedosa crítica às elites, aos governos, aos partidos e ao pensamento único.
Um inimigo do povo foi publicado em Copenhague em 1882 e estreou no Teatro Nacional em Oslo em 13 de janeiro de 1883. Imediatamente foi traduzido para dezenas de línguas e quase simultaneamente foi encenado e publicado em quase toda a Europa, numa repercussão digna dos grandes autores franceses que monopolizavam a dramaturgia da época. A estréia em Paris foi marcada por grandes manifestações no teatro de apoio às idéias anarquistas. A enorme repercussão da peça motivou longos e apaixonados artigos do deputado socialista Jean Jaurès (1859-1914) e do deputado esquerdista e grande intelectual do seu tempo Georges Benjamin Clemenceau (1841-1929). Em 1898, voltou a ser apresentada em Paris em meio ao célebre processo Dreyfus, quando as sessões de Um inimigo do povo eram seguidamente interrompidas com aclamações de protesto contra o Estado e de apoio a Ibsen e Zola, que pontificava na época com seu célebre libelo libertário J'accuse a favor de Alfred Dreyfus. Esta peça é uma obra-prima sobre as contradições humanas e a falência do indivíduo diante da unanimidade. Mesmo diante da vontade de praticar o bem comum, o dr. Stockmann entra em choque com os interesses mesquinhos da cidade. Vítima da maioria e da unanimidade, o homem que queria salvar a cidade torna-se o inimigo do povo. Estas idéias de Ibsen aproximavam-se muito das idéias anarquistas que tinham amplo apoio de importantes segmentos intelectuais e políticos da sociedade da época. A peça é uma impiedosa crítica às elites, aos governos, aos partidos e ao pensamento único.