Marx selvagem

Nonfiction, Social & Cultural Studies, Social Science, Anthropology
Cover of the book Marx selvagem by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez, Autonomia Literária
View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart
Author: Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez ISBN: 9788569536239
Publisher: Autonomia Literária Publication: May 28, 2018
Imprint: Language: Portuguese
Author: Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
ISBN: 9788569536239
Publisher: Autonomia Literária
Publication: May 28, 2018
Imprint:
Language: Portuguese

O empreendimento de Jean Tible é ousado e original. Como promover um encontro entre a teoria marxiana, tendo em conta sua filosofia da história, com os povos ditos selvagens, que não se resignam ao triste papel de resíduos arcaicos de um processo histórico destinado ao "progresso"? O presente trabalho não é um exercício de especulação teórica, mas responde a um contexto preciso em que etnias indígenas da América Latina assumem um protagonismo geopolítico, obrigando a esquerda tradicional do continente a rever seus dogmas sobre o estatuto da produção, do desenvolvimento, do próprio Estado. Ao traçar uma ponte entre a sociedade sem Estado vislumbrada por Marx e a sociedade contra o Estado de Clastres, o autor dá sua tacada inicial, contrarrestando a subordinação da categoria de selvagens aos clichês da dialética histórica. Em um suplementar, relativiza a dicotomia entre Marx e o perspectivismo ameríndio, extraindo um devir-índio no autor de O Capital. Não se trata de uma mascarada filosófica, tal como o fez Deleuze ao pincelar um Hegel filosoficamente barbudo e um Marx imberbe, na esteira do bigode da Gioconda, mas sim de uma aposta política. Viveiros de Castro, Davi Kopenawa e toda uma antropologia reversa desempenha aqui um papel crucial, ao evitar que a articulação entre as lutas ameríndias e as ciências sociais se dê sob o modo da sujeição ao eurocentrismo apoiado na transcendência e na representação. Fazendo um uso heterodoxo de Mariátegui, Benjamin, Mauss, Lévi Strauss, Ôsvald, Negri e tantos outros, é todo um paradigma ocidental que se vê aqui canibalizado e colocado em xeque, ao sabor e no frescor de uma pesquisa que aceita pensar-se à luz dos combates do presente. - Peter Pál Pelbart

View on Amazon View on AbeBooks View on Kobo View on B.Depository View on eBay View on Walmart

O empreendimento de Jean Tible é ousado e original. Como promover um encontro entre a teoria marxiana, tendo em conta sua filosofia da história, com os povos ditos selvagens, que não se resignam ao triste papel de resíduos arcaicos de um processo histórico destinado ao "progresso"? O presente trabalho não é um exercício de especulação teórica, mas responde a um contexto preciso em que etnias indígenas da América Latina assumem um protagonismo geopolítico, obrigando a esquerda tradicional do continente a rever seus dogmas sobre o estatuto da produção, do desenvolvimento, do próprio Estado. Ao traçar uma ponte entre a sociedade sem Estado vislumbrada por Marx e a sociedade contra o Estado de Clastres, o autor dá sua tacada inicial, contrarrestando a subordinação da categoria de selvagens aos clichês da dialética histórica. Em um suplementar, relativiza a dicotomia entre Marx e o perspectivismo ameríndio, extraindo um devir-índio no autor de O Capital. Não se trata de uma mascarada filosófica, tal como o fez Deleuze ao pincelar um Hegel filosoficamente barbudo e um Marx imberbe, na esteira do bigode da Gioconda, mas sim de uma aposta política. Viveiros de Castro, Davi Kopenawa e toda uma antropologia reversa desempenha aqui um papel crucial, ao evitar que a articulação entre as lutas ameríndias e as ciências sociais se dê sob o modo da sujeição ao eurocentrismo apoiado na transcendência e na representação. Fazendo um uso heterodoxo de Mariátegui, Benjamin, Mauss, Lévi Strauss, Ôsvald, Negri e tantos outros, é todo um paradigma ocidental que se vê aqui canibalizado e colocado em xeque, ao sabor e no frescor de uma pesquisa que aceita pensar-se à luz dos combates do presente. - Peter Pál Pelbart

More books from Anthropology

Cover of the book Coral Gardens and Their Magic by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Interactional Categorization and Gatekeeping by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Sex and Sexuality in China by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book A Comparison of American Football in the USA and Germany by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book La ofrenda sacrificial entre los tlapanecos de Guerrero by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Legitimationsmechanismen des Biographischen by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book 國家地理雜誌2017年9月號 by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Dance Lest We All Fall Down by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book The Reality of Hunter-Gatherers by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Doing Ethnography Today by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Computerspiel-Autobiographien by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Sandals of the Basketmaker and Pueblo Peoples by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book L'immaginazione simbolica by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book The Icon and Axe by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
Cover of the book Readings for a History of Anthropological Theory, Fifth Edition by Jean Tible, Michael Löwy, José Celso Martinez
We use our own "cookies" and third party cookies to improve services and to see statistical information. By using this website, you agree to our Privacy Policy