O Fabuloso Reino dos Mansas do Mali

Raramente os livros didáticos comentam fatos relacionados com a história da África Negra. E quando o fazem, repetem um receituário impregnado de desqualificação, de visões preconceituosas ou então, recorrem ao silêncio como estratégia de negação. O Fabuloso Reino dos Mansas do Mali busca exatamente contrapor-se à esta amnésia premeditada da memória negra. Nesta linha de argumentação, uma das lacunas mais notórias se relaciona com os majestosos impérios que irromperam séculos atrás na África ocidental, notadamente no trecho banhado pelas bacias dos rios Níger e Senegal. Neste cenário, o Império do Mali reflete um período de glória e esplendor. Fundado no Século XIV por Sundjata Keita, o primeiro Mansa - isto é, imperador - o Mali materializou contexto social, política, étnica, religiosa e culturalmente marcado pela diversidade. Reunindo uma multidão de povos, culturas e etnias, os milhões de súditos do Mansa desconheciam a insegurança, a fome e a guerra. Desfrutando de fama e prestígio em todo o mundo muçulmano e europeu, o Mali constitui soberba demonstração de que unidade e diversidade não são incompatíveis. O Fabuloso Reino dos Mansas do Mali registra em linguagem direta este momento histórico essencial, animado pela grandeza, prosperidade e operosidade de um grande império negro e africano. Texto de Apoio da Coleção Educação Popular, coleção publicada pela Editora Kotev, O Fabuloso Reino dos Mansas do Mali, propõe a requalificação do continente africano, seus povos e culturas, contribuindo para inovar e debater sobre novas perspectivas em sala de aula, assim como ampliar os horizontes do conhecimento a respeito da África para todos os interessados.