A Indústria da Felicidade

A Tristeza sistematizada como Doença & a Apologia do Vício em Antidepressivos

Nonfiction, Science & Nature, Science, Other Sciences, Philosophy & Social Aspects, Social & Cultural Studies, Social Science, Anthropology
Cover of the book A Indústria da Felicidade by CLEBERSON EDUARDO DA COSTA, ATSOC EDITIONS
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Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA ISBN: 1230001597172
Publisher: ATSOC EDITIONS Publication: March 17, 2017
Imprint: 1 Language: Portuguese
Author: CLEBERSON EDUARDO DA COSTA
ISBN: 1230001597172
Publisher: ATSOC EDITIONS
Publication: March 17, 2017
Imprint: 1
Language: Portuguese

(a5, 132 páginas) - 

I

Dentre as muitas correntes de pensamento que, aos seus modos, procuraram e/ou procuram abordar os problemas da chamada tristeza profunda, angústia e/ou melancolia (chamada também no mundo pós-moderno de depressão) apresentar-se-ão, aqui, algumas delas:

As de caráter psiquiátrico e/ou psicológico;
As de caráter antropológico;
As de caráter teológico;
E as de caráter filosófico-existencialista.

II

Na unidade I, abordaremos a primeira corrente, que é formada por psiquiatras e/ou psicólogos que, doravante, definem a depressão, chamada por eles de tristeza profunda, como sendo uma espécie de “doença mental” pós-moderna e, que, nesse sentido, deve ser combatida – buscando-se a cura do indivíduo por ela acometido – com o uso sistemático de remédios, conhecidos estes como “antidepressivos e/ou estabilizantes do humor, etc.”

Na unidade II, de uma forma crítica, desenvolveremos as nossas proposições sobre a chamada Indústria da Felicidade, específica das sociedades pós-modernas capitalistas, caracterizando-a com as ideias de:

“Patologização da tristeza”;
Formação de uma espécie de “sociedade dos hipocondríacos”, entendida esta como sendo uma forma ideológica de alavancar e sistematizar, em escala global, a chamada “Indústria Farmacológica e/ou da venda de remédios (em especial os dos chamados antidepressivos e/ou ditos “estabilizadores de humor”).

Na unidade III, saindo do plano das explicações médicas-científicas (psiquiátricas e/ou psicológicas) – que entendem e definem a tristeza profunda, angústia e/ou depressão como doença –, entraremos nas perspectivas epistemológicas de outras três correntes, que trazem outras interpretações, a saber:

As antropológicas neoevolucionistas (isto é, aquelas que procuram atrelar a ideia de angústia, tristeza profunda e/ou depressão, não como doença, mas como um processo de caráter evolutivo, isto é, de novas exigências sociais de adaptabilidade humana). Nesse sentido, partindo-se das proposições de Charles Darwin, veremos como é que pesquisadores da chamada corrente neoevolucionista procuram compreendê-la como uma espécie de “mal necessário”, ou seja, como se, ela, a chamada angústia, depressão e/ou tristeza profunda, além de não ser exatamente uma doença, tivesse também um chamado “lado bom.”
As de fundamentação teológica, ou seja, aquelas que associam a angústia, depressão e/ou a tristeza profunda às causas dos chamados males da alma e/ou do espírito, sendo a mesma, por eles, entendida também como sendo o resultado do afastamento do homem de Deus, fruto do pecado e/ou da impossibilidade (não se tendo fé) de se querer compreender, pela razão, aquilo que só seria possível de ser entendido por meio dela (da fé).
As filosófico-existencialistas, isto é, aquelas que associam a angústia, depressão e/ou a tristeza profunda às consequências específicas de uma suposta “existência inautêntica” e/ou então de uma suposta “condição humana desumana”, entendidas, pelos chamados filósofos da corrente existencialista, como uma espécie de náusea, desespero e/ou então de angústia social profundas, sintetizadas pela ideia da “perda do sentido da existência”.

III

Esperamos que, essa obra, de alguma forma, possa contribuir à formação de uma geração não somente mais saudável do ponto de vista físico e/ou mental (orgânico), mas também espiritual, já que, em filosofia, ideia significa o mesmo que espírito. 

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(a5, 132 páginas) - 

I

Dentre as muitas correntes de pensamento que, aos seus modos, procuraram e/ou procuram abordar os problemas da chamada tristeza profunda, angústia e/ou melancolia (chamada também no mundo pós-moderno de depressão) apresentar-se-ão, aqui, algumas delas:

As de caráter psiquiátrico e/ou psicológico;
As de caráter antropológico;
As de caráter teológico;
E as de caráter filosófico-existencialista.

II

Na unidade I, abordaremos a primeira corrente, que é formada por psiquiatras e/ou psicólogos que, doravante, definem a depressão, chamada por eles de tristeza profunda, como sendo uma espécie de “doença mental” pós-moderna e, que, nesse sentido, deve ser combatida – buscando-se a cura do indivíduo por ela acometido – com o uso sistemático de remédios, conhecidos estes como “antidepressivos e/ou estabilizantes do humor, etc.”

Na unidade II, de uma forma crítica, desenvolveremos as nossas proposições sobre a chamada Indústria da Felicidade, específica das sociedades pós-modernas capitalistas, caracterizando-a com as ideias de:

“Patologização da tristeza”;
Formação de uma espécie de “sociedade dos hipocondríacos”, entendida esta como sendo uma forma ideológica de alavancar e sistematizar, em escala global, a chamada “Indústria Farmacológica e/ou da venda de remédios (em especial os dos chamados antidepressivos e/ou ditos “estabilizadores de humor”).

Na unidade III, saindo do plano das explicações médicas-científicas (psiquiátricas e/ou psicológicas) – que entendem e definem a tristeza profunda, angústia e/ou depressão como doença –, entraremos nas perspectivas epistemológicas de outras três correntes, que trazem outras interpretações, a saber:

As antropológicas neoevolucionistas (isto é, aquelas que procuram atrelar a ideia de angústia, tristeza profunda e/ou depressão, não como doença, mas como um processo de caráter evolutivo, isto é, de novas exigências sociais de adaptabilidade humana). Nesse sentido, partindo-se das proposições de Charles Darwin, veremos como é que pesquisadores da chamada corrente neoevolucionista procuram compreendê-la como uma espécie de “mal necessário”, ou seja, como se, ela, a chamada angústia, depressão e/ou tristeza profunda, além de não ser exatamente uma doença, tivesse também um chamado “lado bom.”
As de fundamentação teológica, ou seja, aquelas que associam a angústia, depressão e/ou a tristeza profunda às causas dos chamados males da alma e/ou do espírito, sendo a mesma, por eles, entendida também como sendo o resultado do afastamento do homem de Deus, fruto do pecado e/ou da impossibilidade (não se tendo fé) de se querer compreender, pela razão, aquilo que só seria possível de ser entendido por meio dela (da fé).
As filosófico-existencialistas, isto é, aquelas que associam a angústia, depressão e/ou a tristeza profunda às consequências específicas de uma suposta “existência inautêntica” e/ou então de uma suposta “condição humana desumana”, entendidas, pelos chamados filósofos da corrente existencialista, como uma espécie de náusea, desespero e/ou então de angústia social profundas, sintetizadas pela ideia da “perda do sentido da existência”.

III

Esperamos que, essa obra, de alguma forma, possa contribuir à formação de uma geração não somente mais saudável do ponto de vista físico e/ou mental (orgânico), mas também espiritual, já que, em filosofia, ideia significa o mesmo que espírito. 

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